sábado, 11 de maio de 2013



ainda existem castelos e museus da tua pele entre as sombras do meu corpo. a morte das estrelas roubou-nos o fim e os navios atracam em silêncio. nas salas arrastamos o pudor das feridas e os incêndios das noites que passaram. permanecemos inquietos e falamo-nos em pontos finais. a cidade vive ausente de nós. as plantas crescem lá fora. esculpimo-nos com o olhar enquanto os espelhos nos mentem a nudez. os corredores negam-nos o chão e a luz. mas continuamo-nos certezas e amamo-nos no ventre da escuridão e nas raízes do instante.

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